terça-feira, 5 de julho de 2016

Principais Complicações

Aqui você encontra um resumo de informações sobre os principais problemas de saúde que o prematuro costuma apresentar. 
Os problemas respiratórios são os mais comuns, pois os prematuros nascem carentes de surfactante, uma proteína produzida nos pulmões que permite que eles se encham de ar. Muitas vezes é necessário o uso do CPAP (leia mais na seção “A UTI Neo“) que ajuda o bebê a respirar. No caso do bebê não conseguir respirar sozinho, pode haver a necessidade de ventilação mecânica até que os pulmões amadureçam. Outro tratamento consiste na administração do surfactante, para abrir os alvéolos pulmonares e evitar a tão temida “apnéia” (pausa na respiração).
A complicação cardíaca mais comum é a persistência do canal arterial, ou ductus arterioso, um vaso que faz com que o sangue não passe pelos pulmões, uma vez que o feto recebe o oxigênio através da placenta. Normalmente, este vaso se fecha logo após o nascimento, permitindo que o sangue chegue aos pulmões. Nos prematuros, o ductus, por vezes, não se fecha de forma adequada, provocando uma insuficiência cardíaca. A persistência do ductus pode ser diagnosticada através de ecografias, pelo aparecimento de um sopro. O tratamento consiste na administração de medicamentos e, em alguns casos, é necessária intervenção cirúrgica.
A enterocolite necrotizante (NEC) é uma complicação intestinal grave, que se associa a uma baixa tolerância à alimentação, distensão abdominal e piora clínica geral. O tratamento consiste em suspender a dieta, oferecendo alimentação somente intravenosa (NPT – veja mais na seção “Nutrição“) e na administração de antibióticos. Por vezes é necessária intervenção cirúrgica.
Nos prematuros mais extremos, pode ocorrer hemorragia cerebral (ou intraventricular) nos primeiros dias de vida, diagnosticada pela realização de ecografia cerebral. Na maioria dos casos são hemorragias pequenas que são reabsorvidas espontaneamente pelo organismo, sem consequências graves. As mais graves podem danificar o tecido cerebral. Quando há dilatação (hidrocefalia) pode ser necessária a colocação de uma válvula para drenar os ventrículos cerebrais.
Bebês prematuros, principalmente os nascidos com menos de 32 semanas podem desenvolver também retinopatia. A retinopatia da prematuridade é o crescimento desorganizado dos vasos sanguíneos que chegam à retina (camada mais interna do globo dos olhos) do bebê. Esses vasos podem sangrar e, em casos mais sérios, a retina pode descolar e ocasionar a perda da visão da criança.

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