Por que minha despensa está sempre vazia (ou por que uma mãe não consegue fazer as compras direito!)
Eu juro que queria ser uma dona de casa melhor. Daquelas que sabem de cor quantos pacotes de sabão em pó ainda restam, ou se o potinho de fermento está válido para fazer aquele bolo caseiro gostoso, depois de buscar a pequena na escola. Mas a verdade é que, após o nascimento de Catarina, minha despensa virou um verdadeiro caos: se por um lado os produtos de higiene dela raramente faltam (fraldas, sabonetes, shampoos – porque para esses sempre acende um alerta vermelho na cabeça, e acabo fazendo estoque para um ano!), por outro tudo o que não está diretamente associado a isso parece ter evaporado – sempre que procuro algo, descubro que já acabou há muito tempo.
Por isso outro dia comecei a investigar esse mistério – afinal, por que minha despensa está sempre vazia? Sou ligeiramente organizada, faço listas do que falta comprar, mas por um motivo até então desconhecido, elas não estavam funcionando! Até que eu descobri o porquê:
1) Porque todas as vezes em que começo a anotar o que está faltando na casa, aparece uma menininha que interrompe o processo – seja porque quer me mostrar algo MUITO bacana (como a montanha de cobertores que ela fez na cama, tirando do armário todos os edredons da família); porque bateu o joelho/dente/dedinho do pé e está aos prantos; porque se cansou de estar sem companhia (não, ela não brincou meia hora sozinha. No máximo dez minutos!). E quando, depois de muito custo, retomo a tarefa, obviamente esqueço de anotar algo importante.
2) Porque quando saio para comprar a lista, Catarina tenta ajudar a encher o carrinho, perguntando a cada meio metro: “e isso, mãe, tem que levar?”. E depois de vinte minutos no supermercado, quase tonta por tirar dali os produtos mais inusitados, e colocando o que de fato estava na lista, vem a pergunta fatídica: “já estamos indo embora?”. Então acabo comprando só o mais urgente, pensando em deixar o resto para quando estiver sozinha.
3) Porque quando finalmente consigo ter tempo para ir às compras sem companhia, ele precisa ser dividido com o trabalho, a passadinha na farmácia, a academia(que prometi enfrentar duas vezes por semana, mas só estou conseguindo visitar uma)… Ou seja, continua sendo uma verdadeira corrida aos produtos: vou colocando o que encontro pela frente no carrinho, como naquelas promoções loucas em que a pessoa só tem um minuto para pegar tudo o que precisa (claro que já na fila do caixa me lembro de algo que não está ali – e deixo para a próxima vez, acreditando que ela ainda acontecerá naquela semana).
O resultado de tudo isso é que eu passei de uma consumidora normal para uma verdadeira bombeira: vivo apagando incêndios, correndo de um lado para o outro para comprar o que será necessário naquele dia, no máximo naquela semana! Mas eu ainda chego lá (aliás, vou terminando esse texto por aqui, para ver se dá tempo de concluir a próxima lista!).
Talita Rodrigues Nunes disse:
ResponderExcluir4 de novembro de 2015 às 13:56
Ai, Nívea… tão eu! hehehe Ainda bem que aqui em caso o responsável pelo supermercado é o maridão ��