Estudo espanhol demonstra que certas substâncias poluentes não afetam os pequenos que mamam no peito durante os primeiros quatro meses de vida.
ESCRITO POR :LUIZA MONTEIRO
lokisurina/Thinkstock/Getty Images
Não é novidade que o leite materno afasta os bebês, no curto e no longo prazo, de uma série de problemas – de infecções ao excesso de peso. A boa-nova é que essa lista ganhou, recentemente, mais um item: os efeitos maléficos da poluição. Pelo menos é o que mostrou uma pesquisa da Universidade do País Basco, na Espanha, publicada no fim de maio de 2015. Os cientistas notaram que a amamentação protege os pequenos contra a ação dos chamados materiais particulados PM2.5 e do dióxido de Nitrogênio (NO2), dois dos maiores poluentes presentes no ar que respiramos.
O objetivo dos estudiosos era investigar a repercussão que essas substâncias têm no desenvolvimento motor e cognitivo da criança ao longo dos primeiros anos de vida. Para isso, eles analisaram, desde 2006, dados de 638 mulheres e seus filhos. Os pequenos foram acompanhados da gravidez até completarem 1 ano e 3 meses.
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Os resultados do levantamento apontaram que os bebês que amamentavam no mínimo até os quatro meses não sofriam os prejuízos causados pelos poluentes aos sistemas motor e neurocomportamental. Embora mais estudos sejam necessários, a líder da pesquisa, Aitana Lertxundi, acredita que esses achados são uma importante evidência de como a poluição afeta o crescimento saudável de meninos e meninas.
Está aí, portanto, mais um motivo para seguir a recomendação da Organização Mundial da Saúde de oferecer exclusivamente o leite materno até o bebê completar 6 meses. Pode apostar que esse será o maior escudo do seu filhote contra problemas pra lá de preocupantes.
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