segunda-feira, 14 de março de 2016

Sinais de alerta para problemas de audição

Escrito para o BabyCenter Brasil


Mesmo que testes feitos ainda na maternidade sejam bastante eficazes para detectar problemas de audição nos bebês, é importante saber que perdas auditivas podem se desenvolver a qualquer momento e levar a atrasos no aprendizado da criança.

Até mesmo déficits auditivos temporários, como os provocados po resfriados ou otites , se frequentes, podem afetar como e quando a criança aprende a falar . 

O pediatra do seu filho deve sempre perguntar sobre o desenvolvimento da fala, da linguagem e da audição  durante as consultas de rotinas. Mas, nunca é demais pais ou cuidadores, como babás e professores da escolinha, estarem atentos. 

Identificar os sinais de alerta abaixo em uma criança indica que seria bom conversar com o médico assim que possível: 

De recém-nascido até 3 meses

  • Não se assusta com barulhos altos e repentinos
  • Não reage a sons, música ou vozes
  • Não parece se acalmar com sons suaves
  • Não se mexe nem desperta ao som de vozes, se estiver dormindo num quarto silencioso
  • Com 2 meses, não fica quietinho para prestar atenção quando ouve vozes conhecidas

De 4 a 8 meses

  • Não vira a cabeça ou os olhos na direção de um som cuja fonte esteja fora de seu campo de visão
  • Não muda de expressão facial ao ouvir o som de uma voz ou um barulho alto, num ambiente silencioso
  • Não parece se interessar por brinquedos que fazem barulho, como chocalhos
  • Aos 6 meses, não tenta imitar sons
  • Não começa a balbuciar sons incompreensíveis como se estivesse "conversando" sozinho ou com alguém
  • Não reage ao "não" ou a mudanças no tom de voz de quem fala com ele
  • Parece ouvir alguns sons, mas não outros
  • Parece prestar atenção a barulhos que causam vibração, mas não aos que não causam

De 9 meses a 1 ano

  • Não se vira rapidamente na direção de um chamado como "shhhh!" ou "pssst"
  • Não responde ao próprio nome
  • Não varia de tom quando balbucia
  • Não faz vários sons diferentes de consoantes quando balbucia ("m","p","b"," g" etc.)
  • Não reage à música prestando atenção, dançando ou cantando
  • Com 1 ano de idade, não diz nenhuma palavra isolada (como "mamá" ou "papá")
  • Com 1 ano de idade, fala algumas palavras mas não pronuncia consoantes no início delas
  • Não entende palavras para objetos comuns do dia a dia (como "sapato"), expressões (como "tchau") ou instruções (como "vem aqui")

De 1 ano a 1 ano e meio

  • Não reconhece os nomes de pessoas familiares, animais ou objetos comuns do seu dia a dia
  • Não segue instruções simples (como “vem aqui”)
  • Não vira a cabeça ou os olhos em resposta a sons vindos de um ambiente fora do seu campo de visão, como se você bater palmas atrás dele
  • Não aponta para o que quer
  • Não imita palavras simples
  • Não utiliza pelo menos duas palavras
  • Não reage a músicas ou brincadeiras com cantigas como Uni-duni-tê
  • Não balbucia sons, como se estivesse falando sozinha ou com alguém
  • Não aponta para partes simples do corpo ou olha para objetos familiares quando perguntada

De 1 ano e meio a 2 anos

  • Não fala mais do que cinco palavras
  • Não sabe apontar para pelo menos duas partes do corpo quando perguntada
  • Não responde “sim” ou “não” a perguntas ou instruções
  • Não identifica objetos comuns (como bola ou gato)
  • Não mistura balbuciado a palavras inteligíveis
  • Não se interessa pelo que está sendo lido para ela
  • Não compreende questões que exijam “sim” ou “não” como resposta (como “você quer?”)
  • Não compreende frases simples (como “debaixo da mesa”, “na caixa”)

De 2 anos a 2 anos e meio

  • Não obedece a instruções que tenham duas ações (como “sente-se e tome seu suco”)
  • Não responde perguntas que começam com “que” e “quem”
  • Não consegue formar sentenças simples com duas palavras (como “quero suco”)
  • Não se interessa por historinhas
  • Não entende palavras de ação, como “correr, caminhar, sentar”
  • Não compreende mais ou menos a metade das palavras pronunciadas por desconhecidos

De 2 anos e meio a 3 anos

  • Não compreende termos possessivos, como “meu” e “seu”
  • Não consegue selecionar coisas pelo tamanho, como grande e pequeno
  • Não usa plural nem verbos
  • Não pergunta “o que” e nem “por que”
  • Não compreende expressões como “agora não” e “chega”

Lembre-se: nem sempre apresentar um dos sinais de alerta significa que a criança tem algum problema, mas é um indicativo para saber se é preciso pedir ao pediatra que avalie a situação e, caso necessário, dê encaminhamento a um profissional especializado. 

É possível prevenir problemas de audição?

Embora algumas das causas de perda auditiva sejam inevitáveis, há casos em que a atenção dos pais pode minimizar o risco de alguns fatores prejudicarem a audição da criança. 

Nunca coloque nada no ouvido da criança, e ensine-a a jamais colocar nada também. Até cotonetes podem causar danos e devem ser evitados para limpar a cera. 

Mantenha a vacinação em dia, porque algumas doenças, como a caxumba, podem causar perda na audição. 

Monitore resfriados e otites. Se houver sinal de deficiência auditiva ou da fala após uma infecção no ouvido, é bom conversar com o pediatra para fazer um teste. 

Não exponha a criança a ruídos muito altos, especialmente em fones de ouvido. Música ou televisão muito altas podem danificar a audição ao longo do tempo. Uma boa medida é perceber se é preciso levantar a voz sobre algum som ambiente para ser ouvida. Se precisar, baixe o volume. 

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