Escrito para o BabyCenter Brasil
Mesmo que testes feitos ainda na maternidade sejam bastante eficazes para detectar problemas de audição nos bebês, é importante saber que perdas auditivas podem se desenvolver a qualquer momento e levar a atrasos no aprendizado da criança.
Até mesmo déficits auditivos temporários, como os provocados po resfriados ou otites , se frequentes, podem afetar como e quando a criança aprende a falar .
O pediatra do seu filho deve sempre perguntar sobre o desenvolvimento da fala, da linguagem e da audição durante as consultas de rotinas. Mas, nunca é demais pais ou cuidadores, como babás e professores da escolinha, estarem atentos.
Identificar os sinais de alerta abaixo em uma criança indica que seria bom conversar com o médico assim que possível:
De recém-nascido até 3 meses
- Não se assusta com barulhos altos e repentinos
- Não reage a sons, música ou vozes
- Não parece se acalmar com sons suaves
- Não se mexe nem desperta ao som de vozes, se estiver dormindo num quarto silencioso
- Com 2 meses, não fica quietinho para prestar atenção quando ouve vozes conhecidas
De 4 a 8 meses
- Não vira a cabeça ou os olhos na direção de um som cuja fonte esteja fora de seu campo de visão
- Não muda de expressão facial ao ouvir o som de uma voz ou um barulho alto, num ambiente silencioso
- Não parece se interessar por brinquedos que fazem barulho, como chocalhos
- Aos 6 meses, não tenta imitar sons
- Não começa a balbuciar sons incompreensíveis como se estivesse "conversando" sozinho ou com alguém
- Não reage ao "não" ou a mudanças no tom de voz de quem fala com ele
- Parece ouvir alguns sons, mas não outros
- Parece prestar atenção a barulhos que causam vibração, mas não aos que não causam
De 9 meses a 1 ano
- Não se vira rapidamente na direção de um chamado como "shhhh!" ou "pssst"
- Não responde ao próprio nome
- Não varia de tom quando balbucia
- Não faz vários sons diferentes de consoantes quando balbucia ("m","p","b"," g" etc.)
- Não reage à música prestando atenção, dançando ou cantando
- Com 1 ano de idade, não diz nenhuma palavra isolada (como "mamá" ou "papá")
- Com 1 ano de idade, fala algumas palavras mas não pronuncia consoantes no início delas
- Não entende palavras para objetos comuns do dia a dia (como "sapato"), expressões (como "tchau") ou instruções (como "vem aqui")
De 1 ano a 1 ano e meio
- Não reconhece os nomes de pessoas familiares, animais ou objetos comuns do seu dia a dia
- Não segue instruções simples (como “vem aqui”)
- Não vira a cabeça ou os olhos em resposta a sons vindos de um ambiente fora do seu campo de visão, como se você bater palmas atrás dele
- Não aponta para o que quer
- Não imita palavras simples
- Não utiliza pelo menos duas palavras
- Não reage a músicas ou brincadeiras com cantigas como Uni-duni-tê
- Não balbucia sons, como se estivesse falando sozinha ou com alguém
- Não aponta para partes simples do corpo ou olha para objetos familiares quando perguntada
De 1 ano e meio a 2 anos
- Não fala mais do que cinco palavras
- Não sabe apontar para pelo menos duas partes do corpo quando perguntada
- Não responde “sim” ou “não” a perguntas ou instruções
- Não identifica objetos comuns (como bola ou gato)
- Não mistura balbuciado a palavras inteligíveis
- Não se interessa pelo que está sendo lido para ela
- Não compreende questões que exijam “sim” ou “não” como resposta (como “você quer?”)
- Não compreende frases simples (como “debaixo da mesa”, “na caixa”)
De 2 anos a 2 anos e meio
- Não obedece a instruções que tenham duas ações (como “sente-se e tome seu suco”)
- Não responde perguntas que começam com “que” e “quem”
- Não consegue formar sentenças simples com duas palavras (como “quero suco”)
- Não se interessa por historinhas
- Não entende palavras de ação, como “correr, caminhar, sentar”
- Não compreende mais ou menos a metade das palavras pronunciadas por desconhecidos
De 2 anos e meio a 3 anos
- Não compreende termos possessivos, como “meu” e “seu”
- Não consegue selecionar coisas pelo tamanho, como grande e pequeno
- Não usa plural nem verbos
- Não pergunta “o que” e nem “por que”
- Não compreende expressões como “agora não” e “chega”
Lembre-se: nem sempre apresentar um dos sinais de alerta significa que a criança tem algum problema, mas é um indicativo para saber se é preciso pedir ao pediatra que avalie a situação e, caso necessário, dê encaminhamento a um profissional especializado.
É possível prevenir problemas de audição?
Embora algumas das causas de perda auditiva sejam inevitáveis, há casos em que a atenção dos pais pode minimizar o risco de alguns fatores prejudicarem a audição da criança.Nunca coloque nada no ouvido da criança, e ensine-a a jamais colocar nada também. Até cotonetes podem causar danos e devem ser evitados para limpar a cera.
Mantenha a vacinação em dia, porque algumas doenças, como a caxumba, podem causar perda na audição.
Monitore resfriados e otites. Se houver sinal de deficiência auditiva ou da fala após uma infecção no ouvido, é bom conversar com o pediatra para fazer um teste.
Não exponha a criança a ruídos muito altos, especialmente em fones de ouvido. Música ou televisão muito altas podem danificar a audição ao longo do tempo. Uma boa medida é perceber se é preciso levantar a voz sobre algum som ambiente para ser ouvida. Se precisar, baixe o volume.
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